quando tudo parar e
os carros e motocicletas e
músicas e metrôs e chuva e sol,
e esse vazio terrível se fizer ouvir
e todos os dias corridos cansarem
e nenhum inconveniente
pós-moderno nos ressentir e mesmo
nenhuma mosca messiânica voar próximo da sua janela
e nenhum corredor de maratona dopado vencer,
assim estaremos preparados para abandonar nossa
loucura.
essa loucura que nos faz viver e
é o que o estado precisa e
é o que suas mães precisam
e seus amigos e eu precisamos
e só quando todos
os conselhos serem enfiados em seus
respectivos
ânus,
assim estaremos livre dela, da loucura,
pois sim,
enquanto vivenciarmos esses barulhos hiperbólicos,
meu copo estará cheio
e eu estarei bêbado como aquela aranha solitária
na parede escura de um edifício qualquer,
numa dessas noites chuvosas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário